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sábado, 2 de fevereiro de 2013

Resenha Burn-UP Excess & W

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Olá pessoal, essa é a minha primeira resenha, pois eu nunca tinha paciencia para fazer :/, mas  vamos logo ao que interessa , Burn UP foi um dos mangas que comprei recentemente e esta fresco em minha mente, por isso vou deixar aqui minhas opiniões fecais desta obra ...




Apesar do Burn-UP ser um lançamento da JBC, ele é um copilado feito pelo [Grande] Oh! Great (pseudônimo do Ito Ogure) anteriormente as suas grandes Obras Tenjho Tenge (Tenten para os íntimos)  e Air Gear, ambos lançados também aqui pela JBC, onde se pode ver alguns pontos de imaturidade (tanto como autor e desenhista) do autor, sendo que o mesmo fala isso em certas paginas do copilado.


Na verdade Burn-UP já era um anime televisionando  quando pediram para o Ito fazer o manga baseado nos conceitos do Anime, onde nasceu o Burn-UP W, mas teve vida curta já que a revista que estava lançando a serie (que tinha dois capítulos) foi cancelada, levando a serie á um fim. Mais tarde pediram para o Ito para fazer um oneshot com os esboços que ele não usou para a serie anterior (sendo que esses esboços eram mais Darks e eróticos, por isso descartados anteriormente) , surgindo o Burn-UP Excess um oneshot dividido em duas partes. E mais tarde [desconheço as datas] copilado os dois em um só encadernado, junto com algumas artes e comentários do autor a respeito da Obra, o qual a JBC lançou este mês no mercado brasileiro. 
Mas qual é historia do Burn-UP? É sobre um grupo especial da policia do japão composto só de mulheres (Warrior), no qual é chamado para resolver os casos mais perigosos, sendo que a historia foca nas duas personagens principais Maya (especialista em armas de fogo) e Rio (especialista em combate físico). A Primeira historia é sobre um apalpador de seios, que elas estão perseguindo. A segunda historia é sobre um ônibus espacial japonês que ficou parado no espaço por problemas técnicos, onde elas foram escaladas para trazer ele de volta. E por ultimo a historia mais Dark, que é sobre uma arma humana que está sendo desenvolvido por uma companhia nipo-americana, que a Warrior  precisa investigar.


Como toda historia do Ito, começa com uma premissa simples, depois se desenvolve para uma situação complexa e no fim um grande confronto sci-fy (ou no caso do Tenten, Mistico), sempre permeado com lindas garotas se batendo, lutas fantásticas  cenas de ação super fodasticas e muito fan service (cenas ou enquadramentos eróticos).


Talvez para alguem que não curta muita a pegada desses estilos de manga (Tenten, Ikkitousen, High School of Dead) não sinta interesse  pelo Burn-UP, até eu mesmo comprei mais pelo autor, do que pela historia, mas fui surpreendido pela terceira historia, e com certeza poderia ter saído uma ótima serie a partir dela.





Ficha técnica

Titulo: Burn-Up Excess & W
Autor: Oh! Great (Ito Ogure)
Editora: JBC
Tipo: Copilado
Formato: 12,5 x 18 cm
Capa: Cartão (com impressão Interna)
Papel: Off-set
Nº Paginas: 184 (8 Coloridas)
Preço: R$14,90














Acho que falei, falei, mas não expliquei nada no fim, mas tá ai um manga para quem curte, boas lutas, muita ação e garotas semi-nuas. Obrigado por Ler, comenta ai em baixo e Até a proxima
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domingo, 20 de janeiro de 2013

Franken Fran diz Sayonara, Bye Bye!

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De uns dias pra cá eu tenho ficado com insônia. Mesmo quando chego muito cansada da faculdade. Mas quem é que quer saber da minha particular? Essas páginas abaixo surgiram justamente minha insônia. Não é nada demais, mas aqui se encontra presente duas coisas que eu gosto. A primeira é de ficar brincando com programinhas de edição. Eu perco horas nisso e sempre me sinto culpada, por perder horas do meu tempo em algo tão inútil, mas me dá prazer e é isso que importa. A segunda é o mangá Franken Fran. Na verdade, nem acho que eu goste tanto assim de Franken Fran, se eu fosse fazer uma lista, dificilmente ele estaria entre os 10 primeiros. Pode não ser tanto assim, mas é um mangá que eu curtir acompanhar e fico realmente feliz de ter concluído uma boa leitura.

Franken Fran chegou ao fim este ano, com 8 volumes ao todo, depois de se publicado nas páginas da revista shounen Champion Red (Akita Shoten), casa de Saint Seiya Episode G e Shigurui. Você já imaginou se o monstro do romance de Frankenstein fosse uma linda garota, mas com as habilidades do Dr. Black Jack? Franken Fran, de Katsuhisa Kigitsu (é homem, gente), aborda o lado da ciência marginal. Conhecida como Ciência Fringe, que é como se define ideias abordadas em um campo de estudo que foge dos limites ortodoxos da verdadeira Ciência, como por exemplo, viagens no tempo. Com isso, grande parte da ciência presente em Franken, é verdadeira, a outra é algo que foge completamente para o campo teórico e especulativo. Mas Katsuhisa nunca deixou que sua história se tornasse um projeto acadêmico, nem mesmo sua personagem principal, Fran Madaraki, é o grande centro das atenções. Pelo contrário, ela sempre foi o catalizador de tudo.

Franken teve diversas histórias geniais, outras nem tanto. Histórias com desfechos meio tristinhos, hilárias, contemplativas e inusitadas, formam o excêntrico cardápio desta obra. De todas as histórias, a que mais me marcou foi a do capítulo 2. Não pela história em si, pois o mote em Franken Fran é sempre algo meio reflexivo, onde a ação sempre parte da atitude intempestiva de algum personagem.   Seres humanos querem ter seus desejos concedidos, não importando o quê, mas se esquecem de que a vida tem suas próprias regras. Mas foi hilário ver a reação da garotinha, que acabara de acordar em um corpo de centopeia. Também é o quadro preferido do autor, segundo ele mesmo. Katsuhisa sobre trabalhar essa dualidade humana muito bem em seus personagens. Mesmo a Fran, que é um amor de personagem, sendo quase impossível não se encantar por ela, não é completamente boazinha. Ela faz o que ela acha que é certo, muitas vezes ignorando os efeitos de seus atos. A maneira de pensar da Fran é interessante. Toda vida é preciosa. Se o cérebro funciona, então ela pode fazer a cirurgia, não importa o tipo de aberração que a pessoa irá virar.

Franken Fran pode ser comparado a um livro cabeceira. Sempre dá pra voltar ali e abrir em alguma parte e se satisfazer. Discordo de quem diz que Katsuhisa pouco arriscou e não aproveitou todo o potencial da obra. Acredito que ele foi, além disso, e se deixou experimentar. Provavelmente, ele foi o que mais se divertiu nessa história toda, se utilizando de toda sua criatividade. E com tantos personagens de personalidade marcantes, como a amável e silenciosa assassina, Veronica, guarda costas da Fran. É incrível como uma personagem tão ingênua e doce, possa se divertir matando daquela forma. Okita, o que talvez fosse aqui uma tentativa de ser o par romântico da Fran. Ele é uma cabeça humana, num corpo de cachorro. Sempre se mostrou adorável e sua interação com a Fran, sempre rendia risadas comedidas. Até mesmo a Adorea, uma personagem que passa a maior parte da história enfaixada, por ser constituída de centenas de tentáculos. No fim das contas, depois de tantas histórias, é impossível não sentir afeição por aqueles personagens. Por isso, o último capítulo de Franken Fran soa tão nostálgico e termina na parte onde todos aqueles que acompanhariam, ansiavam. Terminou da mesma forma que começou; Ou seja, em algum momento randômico. E você pode enfim fechar a página e soltar um sorriso. Afinal, valeu a pena todos os 8 volumes, até então.


Fonte: Elfen Lied Brasil
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sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Revelada a capa de Highschool of the Dead 7

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Os fãs andam enlouquecidos atrás de informações sobre uma das franquias de maior sucesso dos últimos tempos: Highschool of the Dead. Uma notícia divulgada recentemente vai deixar muita gente animada ou não.

Foi divulgada pela editora do Planet Mangá a capa do 7º volume de Highschool of the Dead (último volume disponível), que deve ser lançada em Julho. Publicado no Brasil pela Panini, no Japão o mangá se encontra em hiatus. A edição 7 é a última publicada no Japão.
Os autores (escrito por  Daisuke Sato e desenhado pelo Shoji Satou ) da série estão em hiato, pois eles estariam tomando conta de uma outra série. A série é Triage-X. O mangá atualmente se encontra no volume 4 e tem tanto fanservice quanto a obra de zumbis que é publicada aqui.

Com o hiato de H.O.T.D o 7º volume passa a ser o último, com isso as chances de uma segunda temporada ficam muito mais distante. Vamos esperar e torcer para que a obra em breve seja retomada.
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Sherlock Holmes vira mangá

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O detetive mais famoso do mundo vai ganhar vida mais uma vez, dessa vez em um mangá.


Segundo o Twitter do Manga News, Sherlock, uma série da BBC, terá uma adaptação em mangá que estréia na próxima edição, no dia 4 de outubro.

O artista “Jay” lançará a série com uma adaptação de “A Study In Pink”, o primeiro episóido da primeira temporada escrito pelos roteiristas de Doctor Who, Steven Moffat e Mark Gatiss. 

Não é certeza de que irão quadrinizar todos os episódios até agora, mas a Young Ace já oficializou o anuncio e liberou uma imagem: 


A série “Sherlock” teve duas temporadas, com três episódios de uma hora e meia cada. E, pelo que tudo indica, pode-se dizer que em 2013 teremos mais uma.

Vamos ficar no aguardo por mais imagens, mas uma coisa é certa Sherlock Holmes e sinônimo de sucesso.
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quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Vendemiaire no Tsubasa: O Início De Mohiro Kitoh Como Autor Séries Psicológicas

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Mohiro Kitoh é conhecido por explorar exaustivamente o lado psicológico em suas histórias, que possuem como característica, o aspecto trágico. Tem como tema de todas as suas histórias, a crueldade humana e suas vulnerabilidades – Mas é em sua abordagem, que ele se diferencia de autores como Lynn Okamoto, que não é conhecido por suas sutilezas.

Uma série como Naru Taru por exemplo, onde um grupo de meninas de 11 anos enfia um vidro de ensaio na vagina da outra, além de pisarem em seu estômago, é desenvolvida aqui de forma natural pelas mãos habilidosas de Kitoh. Com suas histórias permeadas de violência gráfica e sexo, envolvendo quase sempre crianças – Esses elementos acabam se tornando um meio e não o fim. O que me atraiu em suas histórias foi sem dúvidas a forma como ele retrata a natureza humana. Ele pode ter dois personagens iguais, que agem perfeitamente iguais (como podemos ver em Vandemiairu) mas lhes dar razões diferentes para os mesmos, assim como estes personagens podem estar nas mesmas situações e agir de forma diferente.

Ainda que haja bastantes elementos de fantasia em suas histórias, as expressões e atitudes dos personagens soam como sendo muito reais. Isso graças a sutileza com que ele ilustra isso. Seu traçado é simples, suas personagens não possuem curvas estonteantes, nem grandes atrativos sexuais. O que é bem típico do Kitoh; não se preocupar com aspectos estilísticos, mas apesar disso, sempre trazer um tom realístico impregnado no roteiro fantasioso com crianças em corpos delgados, lidando com assuntos do mundo adulto.

Ainda que Kitoh seja um “monstro” dos quadrinhos, com histórias repletas de tensão e brutalidade, com sangue e tripas voando e manchando as páginas – Ou sem a violência gráfica, mas ainda apresentando um show de tortura e brutalidade psicológica, ele também consegue produzir coisas bem mais intimistas e tranquilas, algo mais voltado para o cotidiano como se vê em algumas de suas histórias curtas.

Kitoh, como a maioria de seus colegas mangakás, se expõe bem pouco, assim como também como muitos começou fazendo histórias curtas para antologias shounens. Sua primeira história foi Zansho - Summer Heat, que calma como uma pequena maré que deságua na praia, traz com toda a delicadeza uma insinuante história sobre incesto – Que foi publicada na Shounen Sunday da editora Shogakukan em 1987, ainda sob o pseudônimo de “Tomohiro Kito”. Em 2004, Zensho ganharia uma versão encadernada contando com todas as histórias curtas do autor publicadas em anos anteriores nas revistas da editora. Depois da curta história de Zensho, levaria alguns anos até ele publicar Sanchome Kosaten Denshinbashira no Ue no Kanojo, em 1994 na Shounen Champion, mas dessa vez sob um novo pseudônimo; “Shiji Kito”.

Em 2008 ele começa o violento thriller protagonizado por crianças pré-púberes; Naru Taru, conhecido pela galera como o“Pokémon do mal”. O mangá de 10 volumes concluído em 2003, ganhou uma polêmica versão em anime pelo desconhecido estúdio Planet, para o canal de TV Kids Station. Espantoso, claro, afinal o conteúdo de Natu Taru é fortíssimo por si só, imagine vinculado numa grade infantil da sempre puritana TV aberta japonesa. Deu o que falar e com razão. Mesmo anos depois, quando Tsubasa Reservoir Chronicle foi ao ar na estatal NHK (o mesmo canal que exibiu originalmente Sakura Card Captor), acabou por ser cancelado depois de segunda temporada, devido ao teor de violência que a história do grupo CLAMP, havia alcançado em sua reta final, ainda que nem se aproximava do show de brutalidade de Naru Taru. O mangá que começou a ser lançado nos EUA, obviamente logo foi cancelado quando os editores perceberam que não se tratava de uma história nada infantil. A história sobre delinquência juvenil, veio adaptada pelas mãos do sempre ótimo e afiado Chiaki Konaka, que também nos trouxe os cultuados Big O,Serial Experiments Lain e Texhnolyze. Naru Taru também tem sua pegada cult, ou pseudo-cult como preferirem, com uma história onde crianças descobrem bichinhos de olhos enormes, que podem, além de se transformarem em qualquer coisa que o dono queira, transmitir e receber sensações. Os bichinhos possuem aparência fofa e a própriaabertura do anime, tem um feeling bem infantil. O problema começa quando crianças delinquentes e sociopatas também adquirem as estranhas criaturinhas. Foi com esse anime que eu me descobri apaixonada por Kitoh, pois depois de assistir uma história tão densa, quis pegar o original e acabei descobrindo um universo extremamente interessante traçado pelo autor.

Em 2003 ele começa sua série mais famosa; Bokurano. Eu demorei um pouco pra descobri este, que apesar de sempre ouvir falar e ser recomendado por ai, acabei não prestando atenção no nome do autor. Daí foi um choque quando descobri que se tratava do mesmo mangaká! Apesar de ainda (até o presente momento que escrevo este post) estar lendo este mangá, realmente já é perceptível se tratar mais muito mais sobre a psicologia humana do que propriamente sobre mechas, como comentado pelo Mangás Undergrounds e reafirmado pela @Josi em seu post no Nahel Argama. Dizem as más línguas que Bokurano é uma versão mais eficiente e desconhecida do que foi Evangelion– Não cabe agora entrar nesse mérito, mas sim, a série consegue quebrar a ideia que temos internamente do que é um robô gigante pilotado por uma criança.


Apesar de Kitoh ter sido proibido pelos editores da Shogakukan de publicar o epílogo da série, pra evitar polêmica pelo seu teor de violência, Bokurano como um todo é uma série bem fácil de ser digerida pelo público médio, por não ser tão violenta e sem muito derramamento de sangue, ainda que bem forte psicologicamente.

Porém, ele só passou a assinar como Mohiro Kitoh, em 1996 com sua terceira história publicada; Vendemiaire no Miigite. De 96 à meados de 98, ele publicou vários desses contos para a antologia Afternoon, da editora Kodansha. Ao todo, Vendemiaire no Tsubasa possui 8 contos adoraveis distribuidos entre os seus 2 volumes. Vendemiaire são seres artificiais, possuem asas mas não são anjos, já que possuem um corpo mecânico, porém também não são máquinas, pos elas possuem almas. Só que não são humanas. Elas possuem uma aparência frágil, mas por outro lado, são imortais.

Em cada uma dessas histórias entrelaçadas, que ora se ligam uma à outra, ora se distiguem completamente, se passam em um mundo bem ao estilo da Europa do inicio do século 20, com seus veículos típicos, onde os aviões ainda eram uma novidade encantadora e os balões ainda tinham um espaço no céu como veículos dirigiveis. Essas histórias que vagamente se relacionam entre si, onde temos uma boneca chamada Vendemiaire [que vem à vida pelas mãos de algum homem, na maioria das vezes, mal intencionado e a escravizando] se relacionando – nem sempre sexualmente ou romanticamente - com algum garoto. Geralmente eles tentam obter a liberdade de Vendemiaire, que ora tem asas brancas, ora negras. Ora é doce e gentil, ora geniosa e manipuladora. Sempre temos aviões simbolizando a liberdade idealizada pelos homens e numa época de revolução indústrial, os homens ainda nutriam um sentimento bem forte de dominar os ares – Uma época onde se tentava voar com asas falsas [que levava o sujeito em um vôo direto para a morte – Algo que era bem abordado pelas saudosas novelas de realismo fantástico, como O Bem Amado (1973) ou Saramandaia (1976)], as próprias Vendemiaires não podiam usar suas asas para alçarem vôos, pois com elas não podiam voar e caso tentassem o destino geralmente era se quebrar completamente. Aqui nós temos uma métafora usada por Kitoh sobre liberdade, onde as asas representam esse sonho, juntamente com as Vendemiaires sempre tidas como propriedade particular. Ele faz questão de destar isso sempre através da narrativa, na maioria das vezes de forma camuflada, seja nos diálogos ou no cenário das histórias.


Aliás, a na última história, temos uma continuação direta do primeiro conto, com um desfecho nada menos que muito poético simbolizando a liberdade.

Vendemiaire no Tsubasa se caracteriza pelo toque filosófico e poético, além de sua crítica sútil. Kitoh tem uma incrível habilidade com histórias de conteúdo episódico, como se faz notar aqui. Como pode ser visto em Bokurano, aqui ele mostra essa habilidade natural em desenvolver histórias, sem se preocupar com a continuidade, que ainda assim de alguma forma, elas se interligam entre si. Nessa série, seu traço ainda não é tão consistente quanto nas mais recentes, mas ainda que não esteja tão refinado, consegue ser atraente dentro do contexto das tramas. Aliás, aqui, apesar de termos histórias mais leves, sobre o dia a dia, já possuem um tom impregnado de obscuridade retratado com delicadeza, que afinal é a marca do autor.
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quarta-feira, 21 de novembro de 2012

High School of the Dead: Lovers Gonna Love

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Atualmente, fazer review de animes como Death Note e HighSchool of The Dead, em minha humilde opinião, não se faz mais necessário a não ser que tenha algo a mais para acrescentar, pois no geral todos já sabem as histórias de cor, até mesmo aqueles que nem chegaram perto para assistir. É como aquela música “ruim”, que toca o dia todo na casa/boteco ao lado e você acaba decorando o refrão involuntariamente. Saturou. Mas bem, sempre quis comentar o manga, que julguem como quiserem, é um dos meus preferidos hoje em dia.
Obviamente, está longe de ser um dos melhores mangas lançados no Brasil, mas isso pouco importa, tem tantos clássicos por ai que não te dizem nada, então encontrar algo que lhe agrade em um manga tão despretensioso, não chega a ser um crime. Falando do anime, ele é algo bem “zuado” se comparado ao manga – Você já ouviu algo assim por ai, sempre que alguém critica a série, certo? Pois leve em consideração, pois não é algo completamente equivocado. Eu não sou hater da versão animada, apesar de que, tenho minhas ressalvas pessoais. O anime foi feito de uma forma a ser mais “divertido” que intenso, você pode achar que houve um exagero nas cenas de fanservice que cobriam praticamente todo o vídeo, deixando pouco espaço para os zumbis, mas não foi um erro ou algo acidental, a produção sabia o que estava fazendo e o diretor mesmo chegou a dizer, que queria peitos gigantes balançantes em cena. Tira toda a seriedade da cena ouvir os “boing boing” da Marikawa-sensei, mas levando em conta a proposta da equipe e do estúdio, eles tiveram pleno êxito em seu desenvolvimento. Haters Gonna Hater, Lovers Gonna Love. Zumbis vende, garotas gostosas vendem e peitos gigantes então...Levando isso em conta, eles não tiveram realmente um grande trabalho para desenvolver um produto como esse para o publico em geral – E alinhando isso a competência de um grande estúdio, temos ai um surto de zumbis. 

Eu sou uma grande fã de catástrofes em geral, na ficção, claro. Zumbis então, assim como a grande massa ocidental, consumo tudo que posso e que acho interessante. Imagine então para um fã de anime/manga ver que um tema que apesar de aqui no ocidente ser adorado por multidões, mas que no Japão não é algo que fascina tanto (por motivos culturais), está sendo finalmente e pela primeira vez abordada da forma que se deve. Claro que, zumbis não é novidade nos quadrinhos e animações japonesas, porém sempre foi a partir de uma visão completamente diferente do que foi ensinado a nós porGeorge Romero. Então quando aparece uma série, que emula todo o “gênero zumbie”como nós o conhecemos, inclusive com todos os estereótipos, clichês inerentes a esse tipo de obra e com o upground que é todo o fetichismo japonês, não há dúvidas que ao menos aqui, o sucesso já está garantido. O fato de Daisuke Sato e Shouji Sato seremfãs de Romero, também colabora com que HOTD seja o mais próximo possível do que vemos em filmes e HQ’s, fora as várias referências ao mestre e a tudo que marcou o gênero de apocalipse zumbi.
Por que tanta “babação de ovo” a um sujeitinho chamado George Romero, você pergunta? Por que ele foi só o cara que formou o imaginário popular sobre zumbis com seus filmes cult/trash’s que modificaria a forma como o cinema veria e retrataria a partir de então o fenômeno nascido das praticas de Vudu e Magia Negra (Invasão Zumbi). Ele pegou todo um quadro já existente e reformulou para um cenário pós-apocalíptico, onde o pesadelo se espalharia entre toda a população em uma narrativa repleta de sátira política e até mesmo critica, por que não? Outros diretores deram sua própria visão sobre o fenômeno zumbi, mas a forma como Romero tirou os holofotes que eram completamente em cima dos morto-vivos, os tornando catalizadores de uma tragédia, que causaria a dissolução de uma sociedade pré-moldada servindo de plano de fundo para o drama humano, foi a que ficou. 

Criar uma história em cima da premissa básica de zumbis é a coisa mais fácil do mundo. O diferencial é como o artista vai desenvolver essa idéia já pré-concebida. Eu não vejo problema nos clichês, até mesmo porque a originalidade está na forma como se passa uma história que já foi contada trocentas vezes, adiante – e ela ainda despertar o interesse alheio. Você pega Dawn of the Dead28 Days LaterLand of the DeadIchi the KillerDead or Alive, jogos como Resident EvilDead Rising e ZÁS! Agora é só curtir. O ponto negativo, é Highschool of the Dead ser uma série que sair em uma revista mensal, fora as várias pausas que Shouji e Daisuke dão. A história demanda um ritmo mais rápido, tendo um vasto universo a explorar, mas a lenta serialização acaba prejudicando a forma como quem está do lado de cá, absorve a trama. Dos 26 capítulos atuais (lançados pela Panini, no Japão já se encontra no 29), a fuga dos personagens, em um combate quase que corpo a corpo com os zumbis, em busca de seus parentes, mas em meio ao completo caos é de longe o melhor que a série tem a oferecer. As paradas normalmente, dão um fôlego para mais uma retomada da ação – e são também os momentos que encontramos maistestoterona exalando a nível assustador. Minha parada preferida é a que teve a premissa retirada totalmente do filme Dawn of the Dead, que conta a historia de quando o planeta foi tomado por uma orla interminável de morto-vivos, com os últimos sobreviventes da cidade se refugiando em um shopping center. Mas ai, logicamente, a situação se complica lá dentro e os zumbis começam a invadir o local. Essa trama está sendo desenvolvida no momento atual e qualquer referência não é mera coincidência.

Mas além dos zumbis, o que chama a atenção em HOTD, é a forte presença do fanservice, que é importante salientar, se mistura de forma natural ao cenário, ao contrário do tom mais pesado na versão animada (na verdade, tanto o anime, quanto o mangá, dariam um ótimo filme-b). MAAAAS, mas, a hipnótica tolice de história juvenil continua ali, as vezes até se parecendo com qualquer um dos filmes mais bobocas de John Hughes, só que aqui temos uma comédia escolar adolescente com aroma de horror e ecchi. Peitos (ah, não! Aquilo não merecem ser chamados de seios – é mutação genética) que desafiam as leis da física, personagens femininas bem torneadas e desenhadas de forma que você não verá nunca na mundo real. Apesar de eu preferir não ficar pensando nisso, elas passam a ideia de objetos sexuais e assim é, com nosso belo e ótimo protagonista pegador em toda sua virilidade sendo disputado a dentadas (!) por duas belas e encorpadas garotas. Ai temos a figura do otaku/nerd, game maníaco e fissurado em armas, é a imagem no vídeo de grande parte do publico alvo, que não fica mão e desmistificando que uma garota bonita pudesse ficar com alguém como ele.
É muuuuito otaku e não poderia ser diferente (e qual é o problema?), sendo este um manga shounen publicado em uma revista como aDragon Age, casa de séries que prestigiam o publico hardcore. A arte é acima da média, muito bonita e o ar de ecchi “expressão hentai” não é por acaso, uma vez que Shouji Satovem de vários doujins hentais (e confesso que esperava algo próximo dessa arte quando peguei Dorothea pra ler). Os personagens sem dúvidas, são excelentes, mesmo que sejam estereotipados. Oras, suas motivações são válidas e as calorosas discussões formada pela ala A (Miyamoto Rei) e B(Busujima Saeko) do fandom, são a evidência que a série consegue transcender o ato de folhear e depois esquecer – há até outros pontos (Oh, bateu uma nostalgia aqui de quando eu ficava no orkut na comunidade do mangá, fomentando discussões acaloradas). HOTD é um bom titulo de manga, tão bobo quanto qualquer Naruto ou One Piece da vida, uma divertida aventura adolescente, satirizando todo o horror que já vimos em outros títulos. Junte tudo e temos ai uma torta que sera o seu shounen da temporada.

O mangá é publicado no Brasil, pela editora Panini a 9,90 (esse preço deve sofrer um reajuste na volta do mangá e ir para 10,90). Ótima tradução, formato tankobon "livreto" 13 x 18 cm e infelizmente, sem páginas coloridas. E não poderia deixar de indicar, o ótimo podcast que o pessoal do Jwave fizeram recentemente sobre a série: [http://www.jwave.com.br/2011/10/jwave-69-highschool-of-the-dead.html]

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